Tuesday, February 24, 2009

Carta Euro-Deputados Portugueses

Caros Membros do Parlamento Europeu,

A 6 de Julho de 2000, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução instando "os governos dos Estados-Membros a considerarem seriamente a possibilidade de reconhecer o Governo Tibetano no Exílio, como o legítimo representante do povo Tibetano se, dentro de três anos, as autoridades de Pequim e o Governo Tibetano no Exílio não tiverem assinado um acordo sobre um novo Estatuto para o Tibete, através de negociações organizadas sob a égide do Secretário-Geral das Nações Unidas ".

É com grande satisfação que saudamos a adopção desta resolução como um acto político da iniciativa do Parlamento Europeu e com um novo conteúdo. Comedida e, ao mesmo tempo corajosa, esta decisão claramente expressa os valores europeus e os princípios em que nós nos reconhecemos.

No entanto, após o prazo de Julho de 2003, esperava-se que o Parlamento Europeu avaliasse os objectivos e, de acordo com isso reformulasse as suas recomendações através de uma nova resolução. Isso não aconteceu.

Além da decepção generalizada entre os Tibetanos e os seus apoiantes, é a própria credibilidade do Parlamento Europeu que ficou, aqui, envolvida. Em primeiro lugar como um actor internacional, especialmente no que respeita à China. Mas também, em termos do seu compromisso no que respeita à representação de 375 milhões de cidadãos europeus, à época, representando assim os nossos próprios valores.

Ao seu próprio nível, o Intergrupo Tibete, do Parlamento Europeu, considerou não exercer mais pressão, tendo em conta o reatamento de "contactos" entre funcionários Chineses e enviados Tibetanos. Realizaram-se oito reuniões entre Abril 2002 e Novembro de 2008.

Mas durante este tempo, a política chinesa de colonização, repressão e sinização no Tibete tem continuado, reforçada por um maior sentimento de impunidade. As manifestações na Primavera de 2008 foram reprimidas com extrema brutalidade, primeiro com o mundo inteiro a assistir, e depois às escondidas do palco internacional. E acima de tudo, durante as suas duas últimas reuniões, em Julho e Novembro de 2008, quer Tibetanos, quer Chineses, reconheceram o impasse nas negociações e
manifestaram a sua desilusão.

Por isso, pedimo-vos que votem uma nova resolução, em conformidade com o compromisso do Parlamento Europeu e os termos da resolução de 6 Julho de 2000, agora solicitando explicitamente aos Estados-Membros que reconheçam o Governo Tibetano no Exílio como o representante legítimo do Povo Tibetano.

Considerando as próximas eleições europeias de Junho de 2009, e que a União Europeia está confrontada com repetidas crises de confiança, a coragem do povo Tibetano ainda nos dá uma oportunidade para apoiar concretamente a "terceira via" prometida pelos construtores da Europa. Podem contar com o nosso apoio e encorajamento quando votarem a favor desta resolução.

Obrigado pela vossa atenção,

Atentamente,

(Nome)
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