Sunday, March 9, 2014

10 DE MARÇO DE 1959


10 de Março assinala a REVOLTA NACIONAL TIBETANA, com acções e manifestações pacíficas em todo o mundo.

 
O exército chinês invadiu o Tibete em 1950 e a China deu início a um domínio repressivo e abusivo sobre o Tibete em 1959.

No dia 10 de Março de 1959 em Lhasa, capital Tibetana, teve lugar um enorme protesto por parte de Tibetanos, violentamente suprimido pelas autoridades chinesas e que conduziu à morte de 87,00 Tibetanos.

O líder Tibetano, S.S. o Dalai Lama, fugiu do seu país e ainda vive exilado no norte da Índia, em Dharamsala.

Desde então o povo Tibetano tem sido brutalmente oprimido e os seus direitos humanos completamente violados. Mais de 1.2 milhões de Tibetanos perderam já as suas vidas.

APELAMOS A QUE APOIEM A LUTA PELA LIBERDADE DO POVO TIBETANO, O RESPEITO PELOS DIREITOS HUMANOS NO TIBETE E NA CHINA E O REGRESSO DO DALAI LAMA E DOS TIBETANOS EXILADOS AO SEU PAÍS.

 
(Foto: Jampa Tenzin, monge do templo de Jokhang, em Lhasa no protesto do dia 10 de Março de 1959, símbolo do Movimento pela Independência do Tibete)


PRESS RELEASE


Para Divulgação Imediata, 09.03.2014

 

TIBETANOS E APOIANTES ASSINALAM O 55º ANIVERSÁRIO DA REVOLTA NACIONAL TIBETANA E CINCO ANOS DE AUTO-IMOLAÇÕES NO TIBETE

 

Activistas exigem que os governos do mundo se unam pelo Tibete, para pressionar a China a acabar com a repressão no Tibete e combater o assédio exercido pela China sobre as nações apoiantes.


 
Tibetanos e apoiantes do Tibete em todo o mundo assinalarão o 55º aniversário da Revolta Nacional Tibetana de 1959, no Tibete - quando centenas de milhares de tibetanos protestaram contra a invasão ilegal da China e ocupação do seu país [1] - e o quinto aniversário dos protestos Tibetanos de auto-imolação no Tibete. Este é um momento particularmente crítico no Tibete onde nos últimos 5 anos, pelo menos 127 tibetanos em todo o planalto Tibetano, jovens e idosos, se auto-imolaram, em protesto contra o governo da China. [2] Quatro em cada cinco tibetanos auto-imolados faleceram e o paradeiro da maioria dos sobreviventes é desconhecido.

 

"Cinco anos após o primeiro protesto por auto-imolação no Tibete, perpetuado por Tapey, hoje vive-se uma situação extrema no Tibete. A comunidade internacional não pode esperar que os tibetanos vivam sob tal repressão política e religiosa que afecta as suas vidas quotidianas. Prestamos homenagem à coragem extraordinária dos Tibetanos que resistem no Tibete, e exortamos os cidadãos em todo o mundo para se juntarem a nós pelo fim da repressão Chinesa."

 

Desde que Xi Jinping se tornou presidente da China, há um ano atrás, em Março de 2013, a repressão Chinesa sobre o Tibete aumentou. A renovada repressão inclui detenções em massa, respostas militares violentas aos protestos pacíficos, aumento do uso de campanhas de "re- educação patriótica" e a criminalização dos familiares dos que protestaram queimando os seus corpos. Vários familiares receberam penas de prisão graves. Dolma Kyab foi condenado à morte pelo "assassinato" de sua esposa, que se auto-imolou.[3]

 

Como estes aniversários são assinalados, as políticas chinesas no Tibete enfrentarão escrutínio de várias frentes. A 19 de Março, a China responderá à sua Revisão Periódica Universal no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas; já existem indícios de que as recomendações relacionadas com o Tibete serão rejeitadas. [4] No final de Março, o presidente da China, Xi Jinping, fará uma viagem a quatro países europeus, [5], cujos líderes estão a ser abordados por organizações pró- Tibete para abordarem a questão Tibetana. No interim, juízes espanhóis emitiram uma série de questões sobre as políticas chinesas no Tibete a ex-presidente Hu Jintao, no âmbito do processo Tibete que a China pretende ver encerrado. [6]

 

"Continua a ser um momento crítico, razão pela qual os tibetanos no exílio e activistas do Tibete em todo o mundo estão a intensificar os esforços para alertar os governos de todo o mundo a unirem-se para aumentar a pressão sobre a China e acabar com a severa repressão no Tibete. Ao trabalharem em uníssono, os governos podem pressionar a China com mais veemência para acabar com suas políticas perigosamente provocantes no Tibete, e enviar o sinal de que o assédio às nações que apoiam o Tibete é inaceitável."

 

Solicitamos a todos os apoiantes do Tibete em Portugal que:

- Se desloquem à Embaixada da República Popular da China sita em Lisboa e deixem uma mensagem / carta endereçada ao embaixador, pelo fim da repressão Chinesa no Tibete, na respectiva caixa de correio;

- Enviem para o correio electrónico da Embaixada da República Popular da China em Portugal, mensagens endereçadas ao embaixador, pelo fim da repressão Chinesa no Tibete;

 - Deixem uma flor no portão da embaixada da R.P.C. em homenagem a todos os Tibetanos e Tibetanas detidos, espancados, torturados e assassinados pelas autoridades chinesas, desde que a China ocupou o Tibete;
 
Contactos da Embaixada da R.P.C. em Lisboa:
 
Embaixador Sr. Huang Songfu
 
Rua de São Caetano, nº 2 (à Lapa)
 
 
 
O Grupo de Apoio ao Tibete procederá à entrega de documentação, relativa à situação de repressão perpetuada pela China no Tibete, na Assembleia da República, instando os nossos parlamentares a uma tomada de posição firme, conjuntamente com outros governos europeus.
 
 

NOTAS

1. 10 de Março de 2014 é o 55 º aniversário de um dos dias mais importantes de toda a história do Tibete, neste dia em 1959, milhares de tibetanos no Tibete saíram para as ruas de Lhasa (capital do Tibete) em protesto contra o governo chinês e para proteger o seu líder, Sua Santidade o Dalai Lama. Como a China casca Lhasa, o Dalai Lama foi forçado a fugir do Tibete. Em 2008, 10 de março foi o início da oposição mais difundida a ocupação do Tibete pela China como protestos varreu o planalto tibetano.

 

2. Relatório acerca dos cinco anos de auto-imolações no Tibete:

http://issuu.com/internationaltibetnetwork/docs/flames_in_tibet_five_years_of_resis ou http://standupfortibet.org/learn-more/

 


 

4. Relatório do Grupo de Trabalho de Revisão Periódica Universal: