Wednesday, December 10, 2008

PRESS RELEASE



10 de Dezembro de 2008


Hoje, dia em que se celebra o 60º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, apelamos à protecção dos direitos humanos dos Tibetanos que se encontram no Tibete.



Após as recentes conversações entre representantes de S.S. Dalai Lama e do governo Chinês, um porta-voz governamental Chinês afirmou que a China "nunca fará concessões" relativamente à questão Tibetana, rejeitando assim uma proposta pela autonomia apresentada pelos Tibetanos.



Desta forma apelamos a uma tomada de acção de modo a que o governo Português responda a este desenvolvimento negativo, no contexto das negociações Tibete – China, e desta forma reforce o compromisso de auxílio relativamente à resolução da questão Tibetana.



É urgente que o governo Português inicie esforços sólidos e multilaterais, para que os governantes Chineses juntamente com S.S. Dalai Lama ou os seus representantes, entabulem negociações sérias e conducentes à resolução da questão Tibetana.



A posição irredutível do governo Chinês não deve ser aceite pela comunidade internacional, dadas as contínuas violações de direitos humanos no Tibete, por parte das autoridades Chinesas. Assim como o profundo desejo pela mudança sentido por parte dos Tibetanos no Tibete e que se manifestou nos protestos ocorridos, esta Primavera, no planalto Tibetano.



Apelamos também junto do governo Português para que indague junto do governo Chinês acerca da situação em que se encontram:


1) Dhondup Wangchen, Tibetano da região de Amdo, detido em 26.03.2008 após ter realizado filmagens de Tibetanos expressando as suas opiniões relativamente à China e ao Tibete.


2) Jigme, monge do mosteiro de Labrang. Detido pela segunda vez em 4.11.2008 após relatar a tortura a que havia sido sujeito, quando em detenção.


3) Rangjung, jornalista arbitrariamente detido a 11.09.2008.


4) Sangye Lhamo, monja detida a 28.05.2008.


5) Tenzin Delek Rinpoche, líder religioso detido desde 2003.


O dia 10 de Março de 2009 marcará os 50 anos desde a grande rebelião Tibetana contra o domínio Chinês e posterior fuga de S.S. Dalai Lama para a Índia em 1959. Bastantes governos já deram aos Tibetanos um forte apoio durante todo este período. No entanto, e numa altura crucial para os Tibetanos, é urgente que os governos reforcem as suas acções.



A questão Tibetana não encontrará resolução até a comunidade internacional realizar esforços determinados com o intuito de facilitar as negociações entre ambos os lados.


FIM

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