Monday, June 23, 2008

ACÇÃO DE RUA - Amnistia Internacional


Jogos Olímpicos de Pequim – repressão da Imprensa

A 49 dias do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, a China continua a não cumprir os compromissos assumidos aquando da candidatura à atribuição dos Jogos, nomeadamente no que se refere à liberdade de informação.

Pelo contrário, devido à iminência do início dos Jogos, a repressão aumenta, para tentar apresentar aos desportistas e visitantes de Pequim um clima de “harmonia e estabilidade”, sem problemas.

Para atingir essa aparência de calma, as autoridades chinesas têm aumentado a repressão sobre a imprensa chinesa e os utilizadores da Internet têm sido silenciados e perseguidos. Até mesmo a utilização de telemóveis é condicionada. No Tibete o blackout mantém-se desde o dia 10 de Março de 2008. A população tibetana e está impedida de comunicar com o exterior através do controle do telefone, da Internet e do confisco de telemóveis, computadores e outros meios electrónicos de comunicação.

Na China, vários escritores e jornalistas têm sido detidos e condenados a severas penas de prisão por terem defendido as suas ideias ou terem divulgado para o exterior informação sobre restrições internas.

Com o fim de chamar a atenção para a falta de liberdade de imprensa, a Amnistia Internacional - Secção Portuguesa realiza uma acção de rua na próxima 2ª feira, dia 23 de Junho, na praça D. Pedro IV (Rossio) em Lisboa, entre as 17h 30mn e as 20h. Durante esta acção estará montada naquele local uma réplica de uma prisão, em cujos muros estarão afixadas fotos de três prisioneiros chineses, condenados por delito de opinião Simultaneamente serão recolhidas assinaturas em abaixo-assinados apelando à sua libertação.

Os casos focados nesta acção, paradigmáticos de muitos outros, são os de Yang Tongyan, de Huang Jinquiu e de Shi Tao.

Yang Tongyan , escritor freelance está a cumprir uma sentença de 12 anos de prisão por “subversão” por ter escrito em defesa de mudanças políticas e democráticas na China. Também foi acusado de tentar criar um ramo local do Partido Democrático da China, proibido.

Huang Jinquiu escritor e jornalista, está a cumprir uma pena de 12 anos de prisão por “subversão” por ter colocado na Internet vários ensaios políticos e planos para criar um Partido Patriótico Democrático Chinês.

Shi Tao está a cumprir 10 anos de prisão por ter enviado um e-mail para os EUA em que dava a conhecer um comunicado do Departamento Central de Propaganda Chinês sobre a forma como os jornalistas deviam abordar o 15º aniversário do massacre da Praça de Tiananmen. Foi acusado de “fornecer ilegalmente segredos de estado a entidades estrangeiras”. A Yahoo facultou a sua conta de utilizador ao Governo Chinês, o que serviu de prova para o condenar a prisão.

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