A Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, presidida pelo social-democrata Henrique de Freitas, recebe hoje a meio da tarde em audiência a Songtsen - Casa da Cultura do Tibete e a União Budista Portuguesa.
A reunião foi solicitada há cerca de um mês, quando ocorreram os primeiros protestos em Lassa reprimidos com violência, mas agora ganha nova dinâmica porque a comissão parlamentar terá que analisar também uma petição popular com mais de onze mil assinaturas e que pode levar a que o assunto volte a ser discutido em plenário.
Ao DN, José Cardal, presidente da Casa da Cultura do Tibete, diz que se tornou "urgente discutir o assunto e o que está a acontecer, apesar de esta audiência ter um carácter meramente informativo". Segundo o responsável, a última vez que o Tibete foi analisado em plenário "levou a uma discussão muito vaga, os deputados não disseram o que pensam veementemente".
José Luís Arnaut, antigo ministro de Durão Barroso e ex-presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, defende "o princípio de que a China é um Estado soberano, embora tenhamos que ter em conta os valores dos direitos humanos, seja em que parte do território for. Além disso, não podemos ignorar a especificidade do Tibete".
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